quarta-feira, 28 de abril de 2010

Sarah Mclachlan - In The Arms Of The Angel

Sarah Mclachlan - In The Arms Of The Angel (Tradução)

Sarah Mclachlan - In The Arms Of The Angel

Esse é para sonhar com seu anjo...
Abraços,
Suri.

AS VOLTAS QUE ESSA VIDA DEU.

Às vezes o que achamos que a dor é apenas um sentimento negativo. Não é.

É ensaio para o amadurecimento, é a vida batendo em nossa porta e nos chamando para esse eufórico vai-vem que é lutar e ser feliz.

Temos o hábito de negar o novo. Medo talvez, isso é normal, isso é viver.

Cada momento é único seja ele bom ou não tão bom assim, mas é viver.

A idéia de uma vida sem problemas é sonho utópico de todos, mas será que valeria a pena?

E o sabor, o tempero das lágrimas pré-anunciando o gosto doce de vencer cada novo obstáculo?

Como saber o que é realmente bom, se nunca esperimentarmos algo que não o seja? Onde estaria a diferença? Afinal, já dizia Saint-Exupéry:
-"É preciso suportar as lagartas se quisermos conhecer a beleza das borboletas"

Isso nos torna seres únicos, de uma magnitude suprema... Entidades de Deus.

Anos chegam, ficam e vão... trazem alegrias, dores... E a vida continua.

De repente, as dores de ontem nem têm mais tanta força, dando lugar então a alegria de estarmos aqui vivos, felizes por ter a luta diária, companheira de todas as horas e por sentirmos que somos capazes e dotados de total superação.

Somos um milagre que nasce em cada gesto, cada palavra, um simples olhar, pensamentos...

Tudo acontece de forma singular e cada ser é assim; amigos existem para trazer-nos o sinal da grandiosidade da Presença Divina.

Veja que nas horas mais difíceis, Ele nos fala pela boca de nossos amigos. Apenas nós não entendemos direito, mas se analizarmos, cada momento difícil está sempre ladeado de bons amigos que lutam sorrindo, devotados a nós por amor, pela nossa vitória.
Nessas voltas que essa vida dá, somos levados por um turbilhão de emoções e ações, nos deparamos com o "monstro de nosso guarda-roupas" que insitimos em deixar escondido e que nos toma de assalto nas altas horas da madrugada.

Deixemos que ele saia e veremos que ele não era tão feio quanto imaginamos: Éramos nós, escondidos com medo de ver e encarar o novo e urrando de medo de sermos felizes.

De vez em quando é necessário um sacudida para que possamos parar e deixar as coisas fluirem. Chega de noites insones, de horas de angústia, de dores de estômago e de chateação!

Ora! Sejamos razoáveis, de que serve essa bolha que nos escondemos para procuramos a cura para as dores do mundo? Somos nós a cura de nós mesmos.

Somos o sopro suave qual brisa fresca de uma tarde da primavera, o cheiro das flores, a chuva molhando nossos cabelos no final do passeio, as ruas abarrotadas de rostos desconhecidos, cada um no seu mundinhho, somos cheiro da terra molhada, o rio que transborda na maré alta, a serenidade do mar em noites enluaradas permeadas de estrelas... Essas coisas cotidianas que acabam passando desapercebidas no final.

Somos a força, a coragem, somos vida!

Nem sempre podemos dizer que foi tudo bem, mas podemos sempre dizer que ficará melhor, sempre há algo por se fazer.

Quem não desejaria ter aquele amor do passado de volta em nossas vidas, repaginado, versão .0?

Falo do amor de verdade, aquele que não faz cobranças, que nos faz sentir liberdade, leveza e paz. Do desejo de estar sempre juntos, sem a obrigação de estar, mas sempre ao lado, física ou espiritualmente.

Conheço uma amiga, Helena que me contou um dia, que sonhou durante 20 anos com seu amor inacabado, arrancado dela sem chances de lutar, mas isso lhe deu forças para lutar e vencer; Sem esse amor, provavelmente ela seria amarga, triste... E o foi durante um bom tempo, durante muito tempo.

Mas esse sentimento que ela trouxera guardado com carinho em seu peito, correndo em suas veias, pulsando velado e humilde, sem nada pedir ou dizer, lhe dava apoio nas horas onde tudo parecia ter chegado ao fim, mas ela nunca imaginou que seria apenas o ensaio feliz de um recomeço.

Acho que tinha medo de si mesma, de sentir felicidade... Quem saberá de fato?

A lida diária fazia com que ela reagisse mecanicamente, institivamente, sobreviventemente.

Sem se dar conta que cada dia a tornava mais madura, mais forte, mais humana. Em um dado momento Helena, resolveu saltar do bonde e largar sua bagagem, andar pelas ruas sem culpa, sem se cobrar em ser perfeita, apenas sendo humana...

E resolveu então olhar para os lados, ver a luz do dia, permirtir-se sentir os aromas da vida.. E pasmem vocês, ela acordou enfim!

Na verdade anjos existem, acreditem! Ela mesma conheceu um em forma de amigo que lhe "sugeria" sempre: Opte por ser feliz, dispa-se de preconceitos!

Esses dois caminham juntos cada um com suas dúvidas, ele que mesmo jovem, sempre foi mais forte e a conduzia por uma estrada onde dores existiam, mas lhe mostrava a beleza das flores e ensinava à nossa heroína a ser gente, soltar as amarras e a tirar as mácaras que somos obrigados a usarmos para esconder a dor, mostrar de cara limpa que sim, nós devemos ser felizes, incondicionalmente! Isso não depende de ninguém, mas de nós.

Enquanto isso, nossa menina de 40 se tornava mulher de 20, aprendia a delícia de sorrir, de se permitir e sem ela esperar, não é que seu sonho se tornou realidade?

Seu amor voltou para ficar, veio em forma do homem maduro que um dia foi jovem como ela, que sentiu na pele as dores, que se não foram as mesmas, mas cortaram seu coração e também lhe tirava o sono, esse homem, menino grande teve que aprender a lutar, mas não teve a sorte de Helena... Lutou sozinho, levando com ele o mesmo sonho: encontrar sua Helena, que até então, julgava ele estar perdida num mar de rostos desconhecidos, uma lembrança doce da juventude, tatuada em sua alma.

Hoje segundo contam, começam os dois a aprender a viver o agora, estão se fortalecendo, crescendo e ajudando um ao outro a vencer a distância espacial que ainda têm que superar, mas aprendem juntos a soltar o controlador, a viver do que realmente importa e o que menos importa agora é sofrer.

A pouca experiência adquirida em anos de separação mostrou que tudo passa, mas o sentimento puro prevalece e já começam a colher os frutos dessa maturidade, só que sem a pressa da juvente, a urgência do aqui, agora que atropela a razão e cega o corção à verdade.

Ela sabe que tem uma vida que apenas começa a viver. Ele sabe que ela é sua vida e juntos sabem que não devem mais perder tempo com convenções demagógicas de uma sociedade hipócrita e materialista, que visa apenas o Eu Tenho.

Descobrem as delícias de uma nova vida, o resgate de uma juventude perdida, de uma vida que está começando agora, aos 40.

Helena está se tornando uma mulher forte, bonita por dentro e se sentindo bonita por fora. Seu amor por esse homem rompeu as barreiras da razão, do tempo, deu lugar a emoção. Esse homem, aprendeu a tirar seus preconceitos da alma e olhar com os olhos do coração, está seguro do que quer e lhe transmiite segurança, tranquilidade e a certeza de que tudo acaba sempre bem, que se ainda não está bem é porque ainda não acabou.

Bem, o resto dessa história de amor ainda está sendo escrita, vamos aguardar notícias dessa amiga e suas novidades. As dores e delícias de estar sendo a protagonista de um novo tempo, de uma história que começou sendo construída com um olhar, parou com um adeus- mesmo que temporário deu lugar as lutas, batalhas pessoais, perdas e ganhos ao longo do caminho, porém mesmo através das muitas lágrimas de ambos, teve uma base sólida feita em verdades que só eles sabem contar.

Então, doce amiga Helena, corra atrás do seu amor e volte para nos contar detalhes!

E a vida deu voltas... Mudanças estão começando a se concretizar!!!!



Dedico essas linhas à minha Helena, ao amor dela Ramon e ao anjo guardião Sr. Leonardo que sempre apostou nela.

Suri.