_Laurinha, aonde você pensa que vai? Pergunta aflito o pai da moça determinada e muito, muito temperamental.
_ Vou à luta papai! Hoje acordei e decidi que serei feliz de qualquer jeito; Decidi e pronto!
Virou-se para seu pai com um sorriso suavemente temperado de promessas projetado para si e a certeza uma vitória hipoteticamente ilusória; Latente, pulsante, vibrante e desejada por ela.
Deslizando sobre os seus pés, qual pluma sob o vento morno de uma tarde de primavera, sai feliz e cantarolando sua canção favorita.
Laurinha... Puro viço, livre em “uma juventude doce e plena de sonhos...”
Depois de muito caminhar pelas estradas da vida, já não tão cheia de sonhos e da juventude de outrora, ela repensa atos e fatos de sua vida.
Lembra saudosa do olhar terno do seu pai como a lhe dizer que tivesse cuidado com seus pensamentos, suas atitudes e com a vida como ela é...
Revê cada passo dado, cada um também não dado e sente em si um vazio.
Uma vida de esperanças, de expectativas, de lutas... Perdas, ganhos, tanta luta!
Olha para trás e vê a moça que um dia disse que iria conquistar o mundo, conquistou seu mundo, mas não o mundo que desejava.
Quando se vive pensando no futuro esquece-se do presente, vive-se de ilusão, se constrói castelos nas nuvens, que passam e que chovem e que levam a dor e a alegria.
Assim viveu Laurinha, assim ainda vive Laurinha... Sonhando, acreditando e lutando.
Dessa estória entendo que ela quer e que por sorte encontrará o que de verdade importa: a felicidade.
Dessa forma vivem muitas “Laurinhas”, conheci uma que de tanto esperar pelo que a vida tem de melhor, que sempre poderia vir algo melhor, esqueceu de viver o que tem nas mãos, esqueceu de olhar em volta, abriu mão do seu presente, hoje passado na triste ilusão de encontrar uma felicidade que nunca veio.
Vejo com tristeza exemplos de moças que deixam passar seu melhor momento, em nome de quê?
Em nome de uma instituição falida que é criar filhos, abrir mão de vida por alguém que nunca pediu para vir, mas que cobra de você o que está acima de suas forças e que sem perguntar se você está preparada, cresce e vai embora... Sua vida fica de novo vazia... Valeu? De certa forma; você se doou, cresceu também, mas quem vai devolver os anos dourados da juventude de sonhos, formaturas, fotos e álbuns jogados no lixo entre fraldas sujas e mamadeiras para lavar?
Aonde foi parar aquele super-herói que iria lhe proteger do mundo, se você acreditou só lamento por você.
Acorda enquanto você ainda está viva, levanta e vai à luta, briga, bata o pé, mas viva para que seu futuro não passe de uma lembrança amarga de um passado que você mesma optou em descartar, ninguém lhe pediu nada, lembre-se disso.
A sua vida pode começar aos 40 ou terminar nele... A escolha é sua.
Nessa fase da vida já não vale mais à pena questionar o que poderia ter sido ou não sua vida, vale acreditar que ainda há um sopro, um lufada de vida que vai lhe trazer aquilo que acredita que merece e que virá como resposta de uma pergunta que se calou durante anos dentro do coração sonhador de Laurinha...
Uma vez em sua vida não se arrependa do que fez, mas do que deixou de fazer e faça! Nunca é tarde o suficiente para realizar o realizável e isso só quem pode determinar é você mesmo.
Arrisque-se! Pior que errar e não errar, melhor que acertar e é ter acreditado na vitória, essa virá com mais sabor.
Abra as asas da liberdade, ainda que tardia e conquiste esse direito, é seu, é o seu momento que grita pela sua decisão, está esperando o quê para ser você mesmo?
Eu que não vou ficar aqui sentado com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar.
Fui à luta, estou descobrindo que tudo vale à pena e que há uma lição em cada ato escolhido, vá também se for capaz.
Serena, consciente de que perdas ainda virão e a vitória será conseqüência dessas escolhas é que declaro hoje, sou “Laurinha”, mas deixar de acreditar, nunca!
A vida leva e traz, faz e refaz e por que seria diferente para mim?
Finalmente inicia-se a verdadeira mudança está em meu caminho. E vou pegá-la já!
Suri.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
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Shukram Fatimah Kareema